Maio Laranja: atividade com crianças em Cmei visa prevenir abusos 3l6671

Em alusão ao Maio Laranja, mês de prevenção e combate ao abuso e exploração sexual infanto-juvenil, a equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas I) realizou uma atividade educativa com as crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Iraci de Souza Batista, na Vila Pioneira. De forma lúdica, as crianças aprenderam sobre as partes do corpo e onde não devem permitir que outras pessoas toquem. Essa é a primeira vez que o trabalho de prevenção é realizado diretamente com crianças do Infantil.
Para trabalhar o assunto, a psicóloga do Creas I, Paula Danielle Lopes, contou a história infantil do “Pipo e Fifi - Prevenção de violência sexual na infância” de Caroline Arcari. Essa é uma das atividades programadas durante o mês de maio. “Nós iniciamos fazendo a palestra de capacitação dos professores falando sobre o que é a violência sexual, os sinais de alerta, como que os professores, que são agentes da rede de proteção, podem ajudar na prevenção e identificação precoce de casos de violência sexual. Hoje nós fazemos a intervenção com as crianças de forma bem lúdica para que eles possam identificar sinais e, principalmente, conhecer o próprio corpo, o limite com o corpo e aquilo que é limite para o outro também”, explica.
Na próxima semana, a equipe retorna ao Cmei para um e ree de materiais pedagógicos. “Nós temos que combater e trabalhar na prevenção e na promoção contra a violência sexual infantil e juvenil o ano todo, não só no mês de maio”, reforça a psicóloga.
A professora Lara Maria da Silva Pego considera esse tipo de atividade super importante, principalmente por se tratar de crianças pequenas. “Muitas vezes eles ainda não tem noção do perigo nessa idade. Nós tomamos muito cuidado com eles, orientamos os pais das meninas a colocarem um shortinho por baixo do vestido, não virem com roupas muito decotadas ou muito curtas, pois nessa idade é normal eles ficarem se olhando, estão começando a se descobrir, ver as diferenças do corpo um do outro, então tomamos muito cuidado. Trazer essas informações pra eles já desde o início são muito importantes”, elogiou a professora.
A iniciativa também foi elogiada pela professora Adriana Souza de Almeida. Ela conta que já houveram várias conversas com os pais para tratar de orientações e reforçar o monitoramento dos filhos. “A família e a escola são o e máximo para essas crianças. Elas precisam de atenção, de cuidado e isso faz parte do nosso trabalho. Orientamos a eles que ninguém pode tocar no corpo deles, que é sagrado, ninguém pode mexer e que eles podem contar sempre com o professor e a confiança dos pais, que é onde vão buscar toda essa segurança”, acrescenta a professora Adriana.
18 de maio
Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Brasil. Esta data foi instituída pela Lei 9.970, de 2000, e é lembrada em memória ao desaparecimento de Araceli Sánchez Crespo, uma menina de 8 anos, em 1973.
Violência sexual - O Creas I, por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi) - Criança e Adolescente, identificou a necessidade de comparecer aos Cmeis e trabalhar essa atividade focada na prevenção, na promoção e na identificação de casos suspeitos de violência sexual para que fosse possível intervir precocemente. Somente no território que abrange o Grande Pioneiro, Jardim Europa, Santa Clara IV e Pinheirinho, já somam 51 registros de casos de violência sexual somente em 2025. “Somente na última semana, o Creas I recebeu seis novos casos de violência sexual. É muito, sem contar outros tipos de violações, como negligência e violência psicológica, só no nosso território”, relata a psicóloga Paula Lopes.
Ela disse ainda que a maioria das violências ocorrem dentro do âmbito familiar. “São violências cometidas contra as crianças por pessoas de confiança, pessoas conhecidas. Então, quando a gente fortalece a escola, os professores como agentes da rede de proteção do sistema de garantia de direitos, as crianças podem ter um e, podem ter uma rede ampliada para pedir apoio, para pedir ajuda quando elas estiverem ando por isso”, pontua a psicóloga.
Procura-se: cachorrinha que atende pelo nome de Pandora, desaparecida no Jardim Europa, próximo ao Centro de Juventude